sábado, 14 de novembro de 2015

Outro pra você (espero que não canse)



Não tem remédio que resolva o meu problema. É você, é você e eu nunca soube esconder isso. Todos sabem que eu respiro você, e é por isso que todos os dias eu morro de falta de ar, você está longe. Todos os dias eu morro, como uma planta que precisa do toque da luz do sol todas as manhãs. Um toque tão distante, agora tão imaginário que nem faz sentido, sabe? É claro que sabe. Você sabe de tudo, por quê eu te conto tudo, com você eu sou tudo o tempo todo, mesmo quando parece que eu não sou nada e mesmo quando o tempo parece tão vazio nas nossas conversas espaçadas. Mas e nós com isso? Foi por não me importar com o que parece que eu cheguei aqui, e já regressei muito por me importar quando não devia. Eu sei que você tem visto isso também, ao seu redor, e algumas vezes já compartilhou comigo: Nem tudo é o que parece (pra falar a verdade nem esse texto é, mas isso fica cá entre nós). A vida é cheia desses enigmas lindos, tantas coisas que não vamos entender nunca, tantas coisas que foram feitas pro depois e deixadas aos pedaços no caminho, pra gente ir pegando aos pouquinhos, descobrindo a piada de mal gosto dessa vida louca quando já é tarde pra gente se ferir seriamente com isso. Relaxa, a gente supera. O futuro já está pronto, está ao estender de um braço, mas a neblina do pecado nos cega, e o jeito é confiar e se deixar ser guiado. Ir pra lá e vir pra cá, revestido de toda força que pudermos colher ao longo do passeio. A gente já foi e voltou tanto, né? E toda vez a gente pensa que é pra sempre. Será que algum dia vai ser? Será que um dia a gente firma as raízes no chão e se deixa ser, seja lá como for? Eu torço pra que sim, só não vem fazer birra se no fim eu estiver certa e você acabar perto de mim. Você não pode ver, mas estou te dando língua agora. Não faz essa cara de poucos amigos, sorria por quê eu mereço, sou uma gracinha. Eu sei que não pode resistir (e você sabe também)!

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